Saiba o funcionamento das taxas de juros e entenda como essas taxas podem afetar consideravelmente em suas finanças.
Você sabe o que é taxa de juros? Infelizmente, na maioria dos casos e principalmente em comoras e pagamentos nos deparamos com várias taxas, juros que podem conter porcentagens mínimas, mas que fazem total diferença em suas economias e finanças. Sendo assim, diversas vezes optamos por outras alternativas e rotas que minimizam tais taxas, porém nem sempre optamos pelas escolhas corretas e é exatamente por isso que devemos compreender o crédito da melhor maneira possível, até mesmo para evitar surpresas posteriores.
O que é Juros? Como funciona?
A taxa de juros é o custo do dinheiro ao longo do tempo, expresso em porcentagem, e depende do valor emprestado e do período da operação. Ela pode ser calculada sobre o valor inicial ou sobre o montante acumulado (inicial + juros). Fatores como risco de inadimplência, inflação e política monetária influenciam a taxa.
Essa taxa é aplicada em empréstimos, financiamentos e investimentos. É importante entender como ela funciona e como é calculada para evitar problemas em empréstimos e otimizar rendimentos em aplicações financeiras.
Quer um exemplo? Imagine a compra de um eletrodoméstico no valor de mil reais. Desse modo, caso o pagamento seja realizado e acordado sem o acréscimo de juros ficaria exatamente parcelas de 10x de 100,00. Porém, infelizmente tal compra é acrescida de uma taxa de 5% de juros compostos, que no caso altera os valores das parcelas, sendo como o explicado abaixo:
No primeiro mês, a taxa de 5% será aplicada sobre o valor inicial de R$ 1.000,00. Isso significa que, ao final do primeiro mês, o valor de juros será de R$ 50,00 (5% de R$ 1.000,00), resultando em um total de R$ 1.050,00.
No segundo mês, os juros não são aplicados mais sobre os R$ 1.000,00 iniciais, mas sim sobre o novo valor, que é R$ 1.050,00 (o valor inicial mais os juros do primeiro mês). A aplicação de 5% sobre R$ 1.050,00 resulta em R$ 52,50 de juros. Ao adicionar esse valor ao total, o montante final após o segundo mês será R$ 1.102,50.
Tais juros compostos seriam descontados até a última parcela, o que agrega de maneira exorbitante nos valores pagos no total, influenciando nas condições e finanças. Em determinadas compras, os juros são tão intensos e altos que poderiam ser comprados mais um eletrodoméstico, ou outros produtos e bens idênticos.
Vale ressaltar que este é apenas um exemplo para demonstrar como os juros influenciam as transações financeiras. Cada instituição adota diferentes tipos de taxa de juros e métodos próprios para calculá-las.
Por isso, é essencial que você pesquise bem antes de escolher uma oferta de empréstimo, já que as taxas de juros podem variar consideravelmente entre as instituições financeiras e até mesmo entre as diferentes modalidades de crédito oferecidas por um mesmo credor.
Principais tipos de juros:
Juros simples:
Nos juros simples, a taxa permanece constante durante todo o período da operação. A tarifa acordada no momento da contratação será a mesma do início ao fim do contrato. Ou seja, se a taxa de juros for estabelecida em 3% ao mês, ela não mudará, e será calculada sempre com base no valor inicial do empréstimo.
Juros compostos:
Como fora explicado acima, sendo um dos mais tradicionais, os juros compostos são aplicados de forma completamente diferente dos juros simples, que se dá a partir de cálculos sobre o valor inicial e também sobre os juros acumulados de períodos anteriores. Isso faz com que o montante total cresça de forma exponencial, já que os juros “geram” mais juros ao longo do tempo.
Juros de mora:
Essa modalidade é comum quando há uma taxa de juros acordada (juros simples) e, devido ao atraso no pagamento, é cobrada uma tarifa adicional proporcional ao tempo de demora.
Por exemplo, se os juros de um serviço são de 5% ao mês e você paga a conta com uma semana de atraso, será cobrado o valor dos juros mais uma tarifa proporcional aos dias em aberto. Na maioria dos casos, o ajuste é feito automaticamente.
Juros Nominal:
A taxa de juros nominal representa o rendimento bruto das suas aplicações financeiras, sem levar em conta descontos como impostos (por exemplo, o Imposto de Renda), taxas administrativas, de custódia ou a inflação.
Em outras palavras, é o valor total que você recebe pelos seus investimentos, sem considerar os custos adicionais. Também é chamada de “taxa aparente”, pois é a taxa que aparece nas operações financeiras.
Juros Rotativos:
Os juros rotativos estão ligados ao atraso e à inadimplência, sendo aplicados sobre dívidas não quitadas integralmente até a data de vencimento. Exemplos comuns de situações em que essa taxa é cobrada incluem a fatura do cartão de crédito e o uso do cheque especial.
Como a taxa de juros é calculada?
Como já discutido, existem várias taxas de juros no mercado, o que significa que não há uma fórmula única para determinar esse valor ou o impacto nas transações de crédito. Além dos diferentes tipos de juros, há fatores que influenciam na taxa aplicada, sendo um dos principais o perfil do solicitante do crédito. Veja alguns dos aspectos que as instituições financeiras analisam:
- Renda;
- Score de crédito;
- Situação do CPF, dívidas e acordos;
- Crédito e investimentos em andamento;
- Histórico de inadimplência.
Esses elementos ajudam a calcular o risco da operação. Quanto maior o risco, maior será a taxa de juros; quanto menor o risco (e maior a probabilidade de pagamento da dívida), a tendência é que a taxa seja mais baixa. É importante lembrar que fatores externos, além das políticas internas da instituição, também influenciam o cálculo da taxa de juros.
Dicas em como avaliar as taxas de juros:
Como uma forma de correr de juros abusivos e taxas extremas, existem algumas dicas e atitudes que desenvolvem a melhoria ou minimiza as taxas, sendo por exemplo:
- Pesquisar taxas e comparar com outros estabelecimentos: Antes de tomar qualquer empréstimo ou utilizar um crédito, compare as taxas de juros oferecidas por diferentes instituições financeiras. Não se baseie apenas na oferta de uma única loja ou banco.
- Negocie condições de pagamento: Em muitos casos, é possível negociar com o credor. Pergunte sobre a possibilidade de obter taxas menores ou até mesmo condições melhores de pagamento, como parcelamentos sem juros ou prazos maiores.
- Evite atrasos de pagamentos: O atraso no pagamento acarreta juros altos e multas. Se possível, mantenha um controle financeiro rigoroso para garantir que os pagamentos sejam feitos dentro do prazo e evite essas taxas extras.
Seguindo essas dicas, você pode tomar decisões mais informadas e evitar cair nas armadilhas de taxas e juros excessivos!
Todas as informações contidas neste e em outros artigos Boisla podem passar por mudanças. Verifique atualizações com as instituições e empresas citadas.
Referências:
https://www.serasa.com.br/
https://www.cashme.com.br/blog
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