Diferenças entre renda fixa e variável: qual é a melhor opção?

Em busca de aplicar aquele extra que está na conta, mas não sabe por onde começar? Nós te ajudamos com um artigo que traz as diferenças entre renda fixa e variável, a importância de poupar dinheiro e a melhor forma de investi-lo com segurança.

Nos últimos anos, foi possível notar o crescimento exponencial de pautas que abordam a importância da educação financeira, ressaltando a necessidade de criação de uma reserva de emergência e expondo diversas formas de como investir o dinheiro poupado e fazê-lo render. Porém, muitas pessoas ainda ficam em dúvida na hora de dar os primeiros passos rumo à melhor escolha de investimento do capital. Pensando nisso, trouxemos este artigo para te ajudar a compreender as principais diferenças entre renda fixa e variável e a decidir qual delas melhor se aplica à sua realidade.

O que é renda fixa?

A fim de darmos continuidade aos tipos de investimento que existem no mercado atualmente, primeiro se faz necessário entender o que é renda fixa. O termo em questão caracteriza uma modalidade de investimento em que a pessoa física empresta o seu dinheiro a uma instituição financeira ou ao governo. Trata-se, portanto, justamente do caminho inverso daquele em que se faz um empréstimo com o banco e, no futuro, devolve-se o dinheiro emprestado acrescido de juros. 

Assim, ao emprestar dinheiro a uma instituição, ela deverá devolver o capital também acrescido de uma taxa, que simula os juros cobrados pelo tempo em que o dinheiro ficou retido. Esse retorno pode ser fixo ou pode estar atrelado à variação de um índice, como a inflação ou a Taxa Selic. Esse tipo de investimento é considerado o mais ideal para quem busca segurança, visto que os riscos envolvidos são geralmente mais baixos em comparação à renda variável.

Os principais exemplos de investimentos em renda fixa são: 

CDB (Certificado de Depósito Bancário): é o mais comum da modalidade. Ao investir em um CDB, você empresta dinheiro a uma instituição financeira e, após um período, recebe o montante acrescido de uma taxa de juros, a qual pode ser pré-fixada, quando se empresta o dinheiro sabendo do exato valor que ele vai render no período, ou pós-fixada, se o CDB estiver atrelado à variação de um índice.

Tesouro Direto: modalidade que permite que os investidores comprem títulos públicos. Os títulos podem estar atrelados à inflação (Tesouro IPCA) ou à Taxa Selic (Tesouro Selic). 

LCI/LCA (Letra de Crédito Imobiliário/Agronegócio): títulos que podem ser adquiridos diretamente de uma instituição financeira e que são lastreados em créditos do setor imobiliário ou do setor do agronegócio, além de serem isentos de imposto de renda.

Quais são as vantagens da renda fixa?

  • O retorno do investimento é previsível, o que permite que o investidor tenha consciência sobre o quanto o seu dinheiro irá render no período em que ficar retido;
  • Baixo risco de perda do dinheiro investido, visto que dificilmente o banco ou o governo irão descumprir o acordo, deixando de devolver o montante;
  • A maior parte dos produtos de renda fixa pode ser adquirida por valores baixos, permitindo que os investidores iniciantes consigam investir mesmo com pouco dinheiro disponível para isso;
  • Em boa parte dos casos, a liquidez dos produtos é excelente, permitindo que o investidor resgate o dinheiro antes do prazo final, caso precise, embora essa ação possa impactar no retorno do investimento.

O que é renda variável?

Modalidade de investimento em que o retorno do dinheiro investido flutua de acordo com o mercado, o que pode ser bem mais rentável ao investidor, porém, mais arriscado, já que o retorno do valor é variável e não é garantido. Nesta modalidade, grande parte dos produtos é adquirida por meio da operação na Bolsa de Valores (B3), a qual possibilita a compra de ações, fundos imobiliários e demais ativos.

Os principais produtos de renda variável são: 

Ações: são frações de uma empresa, cuja compra permite que o investidor se torne sócio, mesmo que minoritário, daquela companhia. Quando a empresa apresenta bom desempenho, as ações valorizam, o que gera lucros ao investidor. No entanto, se a empresa atravessar um período de baixo desempenho, o preço das ações pode cair, o que gerará prejuízos ao investidor.

Fundos Imobiliários (FIIs): são fundos referentes a imóveis, cujo objetivo é obter retorno a partir da locação do imóvel, que são chamados de fundos de tijolo, ou também podem ser títulos lastreados em crédito imobiliário, chamados fundos de papel. Ao comprar as cotas do fundo, os investidores obtêm rendimentos mensais, como os dividendos, além do possível lucro com a valorização das cotas no mercado.

ETFs (Exchange Traded Funds): são fundos que podem ser compostos por diversas ações de diferentes empresas ou por ativos mistos, como ações, fundos imobiliários, títulos de renda fixa e commodities, que são negociados sob um mesmo código, o que permite ter um investimento diversificado mesmo comprando uma única cota. Os ETFs são comercializados como se fossem ações, assim o ganho do investidor se dá a partir da valorização do papel.

Quais são as vantagens da renda variável?

  • O retorno do investimento pode ser bem mais expressivo ao escolher ações ou fundos que estejam performando bem;
  • Maior diversificação da carteira ao poder investir em ações de diferentes companhias ou em ativos diversos ao mesmo tempo, o que reduz os riscos caso um determinado papel esteja em queda;
  • Oportunidade de obter ganhos diários comprando e vendendo papeis no mesmo dia, o que caracteriza o day trade.

Com as diferenças devidamente estabelecidas entre a renda fixa e a renda variável, o investidor iniciante deve definir quais são os seus objetivos a partir dos investimentos e seus rendimentos, os riscos aos quais ele está disposto a se submeter, qual é o montante disponível para investir e por quanto tempo pretende-se deixar o dinheiro aplicado. 

Após definir todos esses passos, basta escolher os ativos que melhor se encaixam na realidade do investidor, do ponto de vista do risco que o papel apresenta e do valor da cota. Vale lembrar que é importante manter a carteira diversificada para reduzir os riscos, dividindo o capital entre alguns ativos. Uma boa opção para isso é mesclar investimentos em renda fixa com outros em renda variável, ao invés de escolher uma única modalidade. 

Dessa forma, você estará no caminho certo para fazer escolhas financeiras mais inteligentes e assertivas, mas não se esqueça: investir é um processo complexo que exige estudos e pesquisas constantes acerca do mercado e resiliência para atravessar altos e baixos rumo ao objetivo principal de todo investidor, que é conquistar a independência financeira e expandir a fortuna acumulada.

Saiba Mais

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Referências:

https://www.infomoney.com.br/

https://blog.nubank.com.br/

https://www.creditas.com/

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